Na semana passada, pelo menos 13 pessoas, incluindo um escritor famoso, foram mortas quando um míssil atingiu um restaurante popular em Kramatorsk, na região leste de Donetsk.
Na quinta-feira, a Força Aérea Ucraniana disse que abateu sete dos 10 mísseis de cruzeiro Kalibr lançados do Mar Negro naquela manhã. Vários mísseis atingiram uma área residencial em Lviv, danificando pelo menos 30 casas e 50 carros. As autoridades disseram que pelo menos 40 pessoas ficaram feridas no ataque.
Maksim Kozitsky, chefe da administração regional de Lviv, confirmou os assassinatos de uma mulher de 32 anos chamada Anastasia e sua mãe de 60 anos, Miroslava.
A mídia local posteriormente identificou a filha como Anastasia Senev, que trabalhava para o Serviço Postal Ucraniano Ukrposhta, e logo se casaria.
“Memória eterna para aqueles que perdemos”, escreveu Kozitsky em um comunicado publicado no Telegram. “Vamos nos vingar!”
O Ministério da Defesa da Ucrânia chamou o ataque noturno de “o mais devastador na cidade desde o início da guerra total”, que foi repetido em um vídeo postado no Twitter pelo prefeito de Lviv, Andrei Sadovy.
Lviv, perto da fronteira com a Polônia, é muitas vezes considerada um porto seguro global, embora a área tenha sido atacada várias vezes, principalmente em ataques a infraestrutura civil.
O acadêmico ucraniano Sasha Dovzhik disse no Twitter que a Rússia atingiu “um dos lugares mais seguros da Ucrânia”.
“Eu estava a dois quilômetros do local”, escreveu Dovgic. “As paredes do banheiro onde eu estava escondido tremeram com a explosão.”
As equipes de resgate trabalharam por mais de 17 horas na quinta-feira para limpar os destroços e limpar os escombros para os sobreviventes, de acordo com os serviços de emergência da Ucrânia e o prefeito de Lviv. Imagens de drones da cena mostraram trabalhadores vasculhando os andares superiores de um prédio de apartamentos destruído no início da manhã, trabalhando em meio a concreto quebrado e vidro quebrado.
Psicólogos também trabalham no local. Delegacias móveis foram implantadas, onde atendem os pedidos das vítimas e prestam o atendimento necessário. Todos estão trabalhando sem descanso”, diz o comunicado dos serviços de emergência.
A mídia local informou que, às 18h de quinta-feira, 43% dos escombros haviam sido removidos, mas um porta-voz dos serviços de emergência locais disse que ainda havia vítimas presas sob os escombros.