O presidente Biden deve se encontrar com o rei Charles III e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak na segunda-feira antes de uma cúpula da OTAN na Lituânia e visitar a Finlândia. Sua viagem a três países se concentrará em obter apoio para a Ucrânia, sem oferecer a ela uma adesão iminente à aliança de defesa.
Em entrevista à CNN, Biden disse que uma votação sobre a adesão da Ucrânia à OTAN seria “prematura” enquanto a guerra com a Rússia continua e pediu um “caminho racional” para a Ucrânia se juntar ao bloco. Ao mesmo tempo, a Turquia e a Hungria estão bloqueando a tentativa da Suécia de ingressar na OTAN, destacando divisões que podem minar o poder de dissuasão da aliança em meio a um confronto perigoso com Moscou.
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Análise de nossos correspondentes
Uma cúpula fatídica há 15 anos paira sobre a reunião da OTAN em Vilnius: Enquanto os líderes da OTAN se reúnem esta semana na capital lituana de Vilnius, as autoridades ucranianas estão exigindo que seus colegas ocidentais se lembrem do legado da cúpula em Bucareste, escreve Ishan Tharoor. Durante uma reunião da OTAN em 2008 na capital romena, as ex-repúblicas soviéticas da Geórgia e da Ucrânia receberam pouco mais do que um vago compromisso de ingressar na aliança em algum momento, sem nenhum plano específico sobre como e quando isso poderia ser alcançado.
O gesto indiferente refletia a divisão dentro do Ocidente na época. Por um lado, o governo do presidente George W. Bush, profundamente impopular no exterior após a guerra devastadora no Iraque e em seu último ano no cargo, tem buscado apresentar um “plano de ação orgânico” oficial às duas nações. Por outro lado, um grupo de governos da Europa Ocidental, liderado pela Alemanha, acreditava que nem a Geórgia nem a Ucrânia estavam politicamente prontas para entrar na aliança e olhava com desconfiança para iniciativas que pudessem “tagarelar” no Kremlin.