Polícia diz que Bolsonaro antivacina falsificou cartão de vacinação antes de viagem aos EUA

RIO DE JANEIRO – A polícia brasileira recomendou que o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse acusado de fraude e associação criminosa, disseram as autoridades na manhã de terça-feira, depois que ele conspirou com outras pessoas para falsificar um cartão de vacinação pouco antes de entrar nos Estados Unidos no final de 2022.

Poucos dias antes de Bolsonaro deixar a presidência em 2022, ele foi derrotado O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma eleição historicamente divisiva, policiou Informações falsas foram inseridas no cadastro do Ministério da Saúde para emissão de carteiras de vacinação falsas para Bolsonaro e sua filha Laura.

Um endereço IP do palácio presidencial foi usado para imprimir os cartões, que Bolsonaro, que passou anos pesquisando e prometendo obter uma vacina contra o coronavírus, insistiu que eram vacinados contra a Covid-19.

Poucos dias depois, Bolsonaro viajou para a Flórida. Na época, os Estados Unidos recusaram a entrada de estrangeiros não vacinados.

A recomendação da polícia aproxima Bolsonaro de um caso criminal. Se condenado, ele poderá pegar vários anos de prisão.

As acusações certamente alimentarão ainda mais divisões no Brasil, que tem sido polarizado pela retórica inflamada de Bolsonaro, pelo negacionismo científico e pelas políticas governamentais conservadoras de linha dura há quatro anos.

Eles endurecem ainda mais as regras legais em torno do homem de 68 anos Bolsonaro esteve envolvido em diversas investigações criminais e políticas desde que deixou o cargo. A proibição foi imposta na sexta-feira para impedir que Jair Bolsonaro concorresse durante oito anos no cargo – o que inclui as próximas eleições presidenciais – depois de os membros do painel terem dito que sabiam que ele estava errado sobre a integridade dos sistemas de votação do país.

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Supremo Tribunal Eleitoral do Brasil no ano passado Proibição de concorrer a cargos por pelo menos oito anos – Um período que inclui as eleições presidenciais de 2026, disseram os juízes, estava errado sobre o que sabia sobre a integridade dos sistemas de votação do país. Ele foi nomeado No mês passado, ele foi alvo de uma investigação federal sobre se o seu governo planejava uma tomada militar do país.

Bolsonaro, que negou ter falsificado o cartão de vacinação, ainda não comentou as acusações na terça-feira. Seu advogado, Fabio Wajngarten, o defendeu na rede social X. Ele classificou o caso policial como “absurdo” e um “caso político”. Mas Wajgarden não fez as acusações diretamente.

“Quando era presidente, estava completamente isento de emitir qualquer tipo de certificado nas suas viagens”, disse o advogado. “Trata-se de assédio político e de tentativa de drenar seu enorme capital político, que está crescendo.”

Durante a viagem de Bolsonaro, os EUA isentaram “pessoas em viagens diplomáticas ou oficiais de governos estrangeiros” da exigência de vacinação, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Mas o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, agora sob o comando de Lula, disse ao The Washington Post em maio que Bolsonaro, que ainda era presidente quando entrou nos Estados Unidos, não estava de visita em trabalho oficial do governo. Sem encontros diplomáticos planejado.

Em relatório investigativo obtido pelo The Post, a polícia alega que Bolsonaro estava diretamente envolvido na fraude. O assessor Mauro Cid, também indiciado pela polícia, teria dito à polícia que Bolsonaro ordenou que ele e sua filha falsificassem registros de vacinação.

Cid disse aos investigadores que entregou a Bolsonaro novos cartões de vacinação enquanto estava dentro do palácio presidencial.

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“Com isso, esses indivíduos puderam emitir seus próprios certificados e depois utilizá-los para minar os controles de higienização”, afirma o documento.

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